Entre cor, corpo e escuta: psicanálise e o devir negro em Neusa Santos Souza
Fabrício da Silva[*]
Resumo
Este estudo explora a interação entre racismo e psicanálise, recorrendo às obras de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Articulam-se conceitos metapsicológicos através da obra da psicanalista negra Neusa Santos Souza. A pesquisa objetiva compreender como a experiência racial é moldada por representações inconscientes e como estas construções permeiam o racismo no Brasil. Além disso, propõem-se reflexões sobre como o racismo persiste e molda a realidade social, bem como os mecanismos psíquicos que perpetuam as estruturas raciais ao longo do tempo. A partir da obra de Freud e Lacan, o estudo destaca o conceito de narcisismo das pequenas diferenças e a ideia de um “mais-de-gozar” que suporta o racismo, respectivamente. Através da revisão narrativa da obra de Neusa Santos Souza, pinça-se os conceitos da metapsicologia que são utilizados para lançar luz sobre a subjetividade do negro brasileiro.
Palavras-chave: Psicanálise; racismo; narcisismo; subjetividade.
Abstract
This study explores the interaction between racism and psychoanalysis, drawing on the works of Sigmund Freud and Jacques Lacan. Metapsychological concepts are articulated through the work of the black psychoanalyst Neusa Santos Souza. The research aims to understand how the racial experience is shaped by unconscious representations and how these constructions permeate racism in Brazil. In addition, reflections are proposed on how racism persists and shapes social reality, as well as the psychic mechanisms that perpetuate racial structures over time. Based on the work of Freud and Lacan, the study highlights the concept of narcissism of small differences and the idea of a “more-enjoyment” that supports racism, respectively. Through the narrative review of the work of Neusa Santos Souza, the concepts of metapsychology that are used to shed light on the subjectivity of the Brazilian black are highlighted.
Keywords: Psychoanalysis; racism; narcissism; Subjectivity.
1 Introdução
Como herdeiros do tempo e agentes da história, se faz aqui o recorte de duas dimensões que nos atravessam. Primeiramente, o movimento imprevisível e caótico da própria vida, em que nossos planos, aspirações e desejos são constantemente desafiados pela dura realidade (Freud, 1930). Em segundo lugar, a profunda necessidade humana de nos situarmos diante disso, de compreender nosso lugar e propósito em meio aos significantes que nos são dados, ou seja, a busca por significações em nossas vidas (Ferry, 2012). Reconhecemos que, em um mundo em constante transformação, antigas questões continuam, novas eras podem reacender a tonalidade dos afetos destas antigas disputas, momentos em que é possível evidenciarmos as sombras de nossa história e a impulsionarmos com uma releitura, uma reapresentação crítica das estruturas que governam nossas vidas (Ferry, 2012).
Nesse contexto, o racismo manifesta-se como uma constante (Madeira; Gomes, 2018). Ao longo das eras, ele persiste, resistindo às revoluções sociais. Enquanto muitas culturas surgiram e desapareceram, muitos valores evoluíram ou foram abandonados, o racismo — essa consciência, esse padrão de pensamento internalizado e inconsciente — continua a insistir e persistir nas civilizações humanas (Moore, 2007). Ele continua a produzir efeitos, moldando e distorcendo a realidade social em diferentes culturas e contextos (Moore, 2007).
Para adentrar nos domínios do inconsciente, um retorno a Sigmund Freud é necessário, o arquiteto que meticulosamente esculpia sua teoria do inconsciente. Freud lançou uma nova luz sobre a compreensão do ser humano, desafiando os pressupostos da ciência cartesiana (Garcia-Roza, 2009). A psicanálise, com seu foco no inconsciente e nos desejos pulsionais, oferece uma janela para a compreensão e transformação do sofrimento humano (Roudinesco, 2016). Desde sua origem no século XIX na Europa, a psicanálise expandiu-se e diversificou-se, absorvendo contribuições de uma variedade de autores e contextos (Roudinesco, 2016).
A psicanálise tem sido implicada em sua teoria e prática na reflexão sobre a experiência racial contemporânea. Moore (2007) aborda a racialização do “outro” como um fenômeno histórico e cultural enraizado nas sociedades greco-romana e árabe-semita. Nota-se uma aproximação entre esse fenômeno e a psicanálise. Ao invés de tratar o racismo apenas como um fenômeno histórico ou sociopolítico, com a psicanálise adentramos nos processos de constituição subjetiva e seus possíveis impactos.
Para compreender o racismo no contexto do Brasil, é necessário explorar como as concepções raciais estão enraizadas em nossa cultura e como elas moldam nossa percepção de nós mesmos e dos outros. Assim, parte-se da premissa que a metapsicologia psicanalítica pode nos guiar na compreensão dos mecanismos psíquicos que perpetuam as estruturas raciais no decorrer do tempo.
Antes de nos determos no estudo de Souza (2021), psiquiatra e psicanalista negra que investigou a emocionalidade do negro em ascensão social no Brasil, faremos um breve esboço de como a questão racial se desenvolveu na psicanálise desde seus primórdios, com Freud e Lacan.
2 Objetivo
Elucidar a interação entre o racismo e a psicanálise pensadas em Freud e Lacan, articulando os conceitos metapsicológicos por meio de uma revisão narrativa com a obra de Neusa Santos Souza (2021) para a compreensão de como a experiência racial é moldada por representações inconscientes e como essas construções permeiam o racismo no Brasil.
3 Resultados e discussão
4 Psicanálise, subjetividade e raça
As reflexões de Freud (1930) que nos permitem tensionar e refletir sobre raça podem ser encontradas em seu conceito de “narcisismo das pequenas diferenças”. Embora Freud não tenha desenvolvido extensivamente uma teoria sobre raças, ele explorou a ideia de como pequenas diferenças entre as pessoas podem levar a sentimentos de estranheza e de hostilidade. Em suas obras, Freud (1930) levantou a hipótese de que, apesar de compartilharem muitas semelhanças, são justamente as pequenas diferenças entre as pessoas que podem gerar sentimentos de alteridade e desconforto. Não esqueçamos que na condição de judeu vivenciou as mazelas da discriminação e perseguição, o que pode ter mobilizado sua percepção e análise dos processos relacionados ao racismo e ao preconceito e ao quanto também não esteve em seu interesse ir para além disso.
Freud (1930) propôs a hipótese do “narcisismo das pequenas diferenças” para explicar o ódio intenso que pode surgir entre comunidades vizinhas ou grupos com características semelhantes. Deu exemplos como os espanhóis e portugueses, os alemães do norte e do sul, os ingleses e os escoceses, entre outros (Freud, 1930). Argumentou que esses grupos, apesar de suas muitas semelhanças, se envolveram em conflitos e se ridicularizaram devido à hipersensibilidade em relação a pequenas diferenças. Observa-se um pensamento generalista que engloba a própria raça, mas não pensa sua construção, o ódio ao fenótipo, uma vez que a identidade diria da identificação grupal do povo enquanto nação.
Segundo Freud, renunciar à agressão não é fácil para o ser humano, pois ele tem uma forte inclinação para isso, sugerindo que grupos culturais menores encontram uma saída para seus instintos agressivos hostilizando aqueles que não pertencem ao seu grupo (Freud, 1930). O amor, pulsão sexual, é a único meio que pode unir um grande número de pessoas, desde que haja outros disponíveis para externar a agressão.
No entanto, é importante destacar que a visão de Freud sobre o “narcisismo das pequenas diferenças” tem sido objeto de críticas e discussões na literatura psicanalítica contemporânea. Autores como Fuks (2007) enfatizam a intensidade do ódio e da agressão em relação às pequenas diferenças, destacando, por exemplo, a segregação e o racismo direcionados ao povo judeu. O autor aponta que a segregação e o racismo têm raízes na dimensão agressiva do sujeito em relação a pequenas diferenças que provocam angústia. O horror ao que há de mais íntimo, que, tomado pelo “eu” como objeto externo, torna-se objeto de ódio na segregação e no extermínio (Fuks, 2007).
Assis e Ribeiro (2022) também destacam a intensidade do ódio e da agressão ao outro, argumentando que Freud acreditava que o amor não é algo que se estende naturalmente a todos, especialmente a estranhos. Freud (1930) concluiu que os seres humanos têm uma forte inclinação para a agressão, e o próximo é mais propenso a despertar hostilidade e ódio do que amor. Essa agressividade está relacionada à presença constante da agressividade do ser humano em relação ao próximo (Freud, 1930).
Lacan (2003), em uma releitura de Freud, infere algumas formulações que nos permitem refletir sobre uma psicanálise implicada e capaz de abordar o fenômeno do racismo. Segundo Lacan (ibid), o racismo não depende necessariamente de uma ideologia específica para se constituir, mas sim de um mais-de-gozar reconhecido como tal. Observa que todas as formas de racismo são sustentadas por um mais-de-gozar, ou seja, um excesso de prazer. Ele utiliza o conceito de gozo para se referir a um prazer que vai além do princípio do prazer freudiano (Freud, 2010), ultrapassando os limites do simbólico e do imaginário e adentrando o âmbito do real. Esse gozo paradoxal pode trazer satisfação, mas também gerar sofrimento e angústia. Assim, o gozo pode ser entendido como um prazer excessivo e ameaçador, algo que precisa ser negociado e regulado para que o sujeito possa se adaptar às normas sociais e lidar com a angústia que esse prazer pode despertar.
A teoria dos três registros — o Imaginário, o Simbólico e o Real — são formas de pensar a experiência humana. Estes registros são fundamentais para a compreensão da teoria lacaniana e são articulados para a explicação do racismo. O Imaginário é o registro da imagem especular e da identificação. O Simbólico é o registro da linguagem e da lei, e o Real é o que escapa à simbolização, representando o limite, o vazio e a falta (CHAVES, 2009). No contexto do racismo, o ódio ao gozo do outro (o prazer ou satisfação ligados ao corpo que escapa à simbolização) funde-se com a ideia de superioridade racial, resultando na negação do gozo do outro e na imposição de uma hierarquia de raças (Guerra, 2021).
Lacan (2003) abordou o racismo de uma maneira mais direta e complexa, entretanto em poucas passagens aborda diretamente a questão.
5 Uma leitura da subjetividade do negro brasileiro
Embora se possa pensar que a abolição da escravatura libertou totalmente a população negra brasileira, a realidade mostra-se contrária. A influência histórica e cultural persiste na constituição dos indivíduos, como afirma Reis Filho (2005). Há uma lacuna na reflexão sobre a questão racial na prática clínica, apesar da população negra significativa no Brasil. Isso é visto como um sintoma na sociedade, presente também em analistas e analisandos que buscam a psicanálise por razões não relacionadas à raça.
Nogueira (2021) ressalta a situação dos negros após a abolição: marginalizados e sujeitos às estruturas de poder e relações de classe herdadas do período colonial e escravocrata. A pesquisadora e psicanalista Neusa Santos Souza desenvolveu um discurso sobre a experiência emocional da população negra no Brasil, argumentando que a identidade negra é construída em oposição à identidade branca, resultando na negação da negritude (Souza, 2021).
Na estrutura do psiquismo conforme a teoria freudiana, o “eu” medeia entre o mundo exterior e o “isso”, sendo responsável pelo gerenciamento das pulsões e desejos. Um dos objetivos da análise psicanalítica é esvaziar o “eu ideal”, permitindo ao sujeito se afirmar e aceitar a falta. O “super-eu” atua comparando o “eu” ao “ideal do eu”, revelando quão distante este está do ideal (FREUD, 1923; Laplanche, 1992).
Souza (1983) descreve a raça como um construto ideológico que organiza a estrutura social, com ênfase na experiência emocional dos negros brasileiros. Munanga (2003) reforça que no Brasil a cor da pele é socialmente determinada e influencia o prestígio social e os valores culturais. Mesmo após a abolição da escravidão, os negros continuam subordinados a um sistema racial, em que o branco é o modelo.
A ideologia da branquitude é um aspecto destacado na obra de Souza, que se manifesta em padrões de beleza, comportamento, linguagem e instituições sociais. Os valores e características brancos são considerados superiores e são pressionados a serem aceitos pelos negros. Esse processo resulta na “ferida narcísica”, na qual o negro cria um ideal do eu, dado a impossibilidade de alcançar o ideal branco.
Luísa é uma mulher negra, médica recém-formada, que nasceu e cresceu no Rio de Janeiro. Sua história de vida está enraizada em questões raciais e sociais complexas, sendo neta de empregadas domésticas e filha de pais de classe média baixa. Seus pais foram filhos de empregadas domésticas e tiveram diferentes trajetórias de vida. Seu pai foi adotado por sua patroa e teve oportunidades de estudo, enquanto sua mãe teve que começar a trabalhar cedo.
Na infância, Luísa passou por vários desafios de identidade e autoaceitação. Ela lutou contra o sentimento de solidão, falando sozinha e reconhecendo sua diferença em comparação com outras crianças. Sua mãe até tentou moldar seu nariz para parecer mais fino, uma indicação do racismo internalizado que Luísa teria que enfrentar ao longo de sua vida.
A chegada de sua irmã, que era mais branca, agitou ainda mais sua identidade. Apesar disso, Luísa recebeu mais atenção de seu pai, o que contribuiu para sua autoestima. Desde cedo, ela teve uma forte inclinação para a educação e sempre se destacou na escola. A discriminação racial e a luta de classes foram problemas persistentes, mas Luísa sempre se esforçou para ser a melhor, o que a levou a um caminho de sucesso acadêmico. Luísa busca não apenas o afeto, mas também a aprovação e a validação. Cada relacionamento é um teste de sua habilidade para ser desejada, para ser amada, e uma maneira de validar sua própria identidade
Na adolescência, Luísa começou a explorar a arte, particularmente o teatro, e começou a se envolver em discussões sobre o racismo. Isso foi um passo importante para a sua aceitação e desenvolvimento de sua identidade racial. No entanto, apesar de sua atração pela arte, Luísa sentiu a necessidade de permanecer em um caminho acadêmico seguro.
Através da entrevista de Luísa, Souza (2021) ilustra a formação de um “ideal do eu” baseado em características associadas aos brancos, o que leva a uma rejeição da própria identidade racial. Esta formação do “ideal do eu” se expande para a comunidade, escola e ambiente de trabalho, como ilustrado por Carmen, que revela o desejo de “clarear a família” como expressão de aspirações sociais e econômicas, bem como viés racial.
O título “Tornar-se negro” sugere um processo de construção da identidade negra, tanto coletiva quanto individual. A obra de Souza (2021) é uma análise penetrante da experiência emocional dos negros e uma crítica à ausência de discussão sobre questões raciais na psicanálise. Destaca a necessidade de expandir a discussão sobre a identidade racial e de considerá-la para explorar e desafiar as normas sociais racializadas (SOUZA, 2021).
Souza (2021) problematiza as teorias eurocêntricas e busca compreender as particularidades da experiência negra no Brasil. Numa complementaridade e aproximação rápida à teoria de Freud, pode-se argumentar que as pequenas diferenças são exacerbadas em um contexto de racismo estrutural, o que leva à intensificação da hostilidade e do ódio, como nos aponta Fuks (2007).
A releitura de Lacan (2003), em que o racismo não depende de uma ideologia específica para existir, mas de um “mais-de-gozar”, gozo paradoxal. No contexto do racismo, o ódio ao gozo do outro (a satisfação ligada ao corpo que escapa à simbolização) funde-se com a ideia de superioridade racial, resultando na negação do gozo do outro e na imposição de uma hierarquia de raças (Guerra, 2021). Em diálogo com Souza (2021), articulamos que uma possível saída à rápida oposição que se daria é que enquanto Lacan (2003) aponta para o racismo como um fenômeno estrutural alimentado pelo gozo paradoxal, Souza (2021) enfatiza que o racismo no Brasil tem suas peculiaridades e nuances que são moldadas por uma “ideologia” específica. Essa “ideologia” seria a matriz racial que informa as relações sociais, culturais e econômicas no país.
A “ideologia” específica a que Souza (2021) se refere pode ser entendida como um conjunto de crenças, valores e práticas que sustentam e perpetuam o racismo no contexto brasileiro. Isso inclui, mas não se limita, a noção de uma democracia racial, a ideia de miscigenação como solução para o racismo, e a negação persistente do impacto do racismo na vida dos brasileiros negros.
O que Souza (2021) nos mostra, portanto, é que, embora o racismo possa ser alimentado por uma lógica de gozo paradoxal, como propõe Lacan, também é moldado e sustentado por uma “ideologia” específica que é particular ao contexto brasileiro. Isso implica que o enfrentamento contra o racismo no Brasil requer não apenas a desconstrução do gozo paradoxal, mas também a desconstrução das crenças, valores e práticas que compõem essa “ideologia” racial específica.
6 Considerações finais
Esta análise ressaltou a relevância da subjetividade do negro brasileiro na psicanálise, especialmente considerando o legado histórico da escravidão. A obra de Neusa Santos Souza foi central para entender como a identidade negra é construída em oposição à identidade branca, muitas vezes resultando em uma negação da negritude.
Aplicando a teoria freudiana, compreendemos como o “ideal do eu”, associado à branquitude, pode levar à rejeição da própria identidade racial. A importância de considerar a experiência do negro brasileiro na psicanálise foi destacada principalmente para desafiar normas racializadas e fomentar maior inclusão e diversidade no campo.
Portanto, este trabalho propõe que a psicanálise expanda sua discussão sobre a questão racial, respeitando a história, o discurso, a subjetividade dos sujeitos de seu tempo.
Referências
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* Pós-graduando em Psicopatologias Psicanalíticas pelo Núcleo de Pesquisas Psicanalíticas (NPP). E-mail: [email protected].
**Publicado pela primeira vez como comunicação no Livro: Anais do Iº Congresso Internacional de Psicanálise (2024)
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